sábado, 25 de fevereiro de 2012

ALTOS PAPOS - Nosso direito de amar

                                 

   Outro dia recebi um e-mail de um visitante do blog. Fiquei tão intrigado com o conteúdo desse e-mail que resolvi dividir com vocês. O email veio de BH, de um rapaz chamado Beto.
 O Beto me pareceu um menino superinteligente, no auge dos seus 19 anos. Um garotão, eu diria. Mas até ai tudo bem. Só que no email ele deu a entender que estava inseguro e que não se achava bom o bastante para ser amado por alguém. Por isso, se achava a pessoa mais infeliz da face da Terra. Quando terminei de ler o email dele, respondi, mas com uma vontade imensa de eu mesmo ir lá, para tentar convencê-lo que todo mundo tem o direito de amar e ser amado. É assim que eu penso. Não importa se você é gay ou heterossexual, o importante é que você esteja aberto a novas possibilidades, a novas amizades. Enquanto a gente não puder confiar no nosso potencial, continuaremos nos contentando com o que temos, sem a oportunidade de correr atrás do que realmente merecemos.
   Talvez o medo do nosso colega Beto venha do fato de que arrumar um relacionamento homossexual não seja assim tão simples. Infelizmente muitas pessoas ficam sonhando em encontrar um namorado perfeito do tipo Raphael Alencar (ou qualquer outro desses gatos que povoam nossos sonhos) e se esquecem de olhar em volta, para os simples mortais que cruzam nossos caminhos todos os dias, seja no trabalho, na faculdade ou ponto de ônibus.
   Falo por mim mesmo. Já perdi muitas oportunidades reais achando que iria encontrar um príncipe encantado, de preferência com 1,90, moreno, bonito e educado. E o tempo foi passando e eu sempre esperando, perdendo as oportunidades que surgiam.
   Dizem que aprendemos com os erros e isso é a mais pura verdade. Hoje sei que o tal príncipe encantado pode ser baixinho, ter espinhas no rosto e ainda sim ser o homem que pode me fazer feliz. Claro, todo mundo tem o direito de escolher. Ninguém é de ferro. Mas quando mais criteriosas são as escolhas, menores são as chances de encontrar alguém bacana para dividir os momentos tristes e felizes da vida.
   E torno a repetir o que escrevi no email que enviei para o Beto: O fato de você não se sentir digno de ser amado vem do fato você mesmo não se amar e não ter confiança em si mesmo. Para que uma pessoa possa amar outra, é fundamental que ela goste de si mesma. Então tente valorizar seus pontos fortes. Você pode não se achar bonito, mas temos a sorte das pessoas pensarem de formas diferentes. E isso quer dizer que ai na sua cidade pode ter alguém que te acha uma pessoa atraente e ama o seu jeito de ser. Dê uma chance a si mesmo. Só é preciso disposição para dar o primeiro passo.

Escreva-me também, deixe seu comentário. Vou adorar saber o que você pensa a respeito.
fernando.web.01@gmail.com
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Um comentário:

  1. Achei lindo seu post. Também possuo este mesmo problema, mas acho o meu um pouco mais acentuado por eu ser afeminado. A maioria dos caras rejeitam pessoas como eu, fora a discriminação e toda a tortura física e psicológica que eu venho vivido desde que me entendo por gente, mas não posso perder a esperança, e mesmo assim tenho que continuar lutando pelos meus sonhos e todos que possuem baixa autoestima continuem caminhando porque não há nada de ruim que dure para sempre e o sol sempre há de brilhar.
    Abraços

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